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Estudantes do semiárido baiano fabricam pomada cicatrizante à base de plantas e resíduo orgânico

Bahia 29/04/2024/ 13:57:02
Estudantes do semiárido baiano fabricam pomada cicatrizante à base de plantas e resíduo orgânico

Foto: Ascom / Secti

 

Em busca de valorizar osconhecimentos populares, estudantes do município de Casa Nova, semiáridobaiano, pesquisam a eficiência de tratamentos à base de plantas medicinais aodesenvolver uma pomada a partir de plantas e resíduo orgânico. O projeto, destaquena Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (Feciba) edesenvolvido no Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação (SEC),utiliza pinhão manso (jatropha curcas), faveleira (cnidoscolus quercifolius) ecasca de banana (musa) na composição.

 

A ideia de desenvolver o produtosurgiu a partir da observação de experiências pessoais.  Andréa Araújo,orientadora do projeto, conta que os avós dos estudantes moravam em zona rurale não tinham acesso a medicamentos convencionais, por isso utilizavam osfitoterápicos. Foi então que as estudantes tiveram a ideia de iniciar estudossobre o poder curativo deste tipo de planta.

 

A equipe revela que o resultadoobservado durante as pesquisas do projeto mostra que 90% da população da zonaurbana de Casa Nova não conhecia as ações cicatrizantes do pião manso e dafaveleira, o que difere do costume constatado na população da zona rural, quetinha maior hábito de usar periodicamente plantas medicinais.

 

Entre os benefícios do produtodestaca-se o baixo custo, possibilitando a fabricação e o comércio na região.“Essa é uma fonte de renda indispensável para moradores do semiárido, afinal oacesso às plantas facilita a feitura”, explica Andréa, que acredita que adistribuição da pomada pode ajudar na disseminação do campo científico. “Avisibilidade e valorização da vegetação geram mais investimentos às pesquisasrealizadas na localidade” diz.

 

Com apoio do Colégio Estadual deCasa Nova e do Núcleo Territorial de Educação (NTE 10), as estudantes Lara deCarvalho, Mariane Santos e Mirela Rodrigues contaram com a colaboração daprofessora orientadora Andréa Araújo para fazer ciência a partir do conhecimentopopular.

 

Por Bahia Notícias

 

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