A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cair após meses de recuperação, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (12) pelo instituto Genial/Quaest. O levantamento confirma o movimento já identificado pelo Paraná Pesquisas, indicando também alta na desaprovação ao governo.

De acordo com os novos dados, a aprovação de Lula, que estava em 48% em outubro, caiu para 47% em novembro, enquanto a desaprovação subiu de 49% para 50%. Assim, a diferença entre aprovação e desaprovação aumentou para três pontos percentuais — no mês anterior, era de apenas um.

Entre fevereiro e setembro, a desaprovação vinha superando a aprovação, com o pico negativo em maio, quando 57% dos entrevistados avaliavam o governo de forma negativa e 40% de maneira positiva. Já em dezembro de 2024, a situação era inversa: 52% aprovavam e 47% reprovavam a gestão petista.

Segundo o relatório da Quaest, a megaoperação policial no Rio de Janeiro, as declarações de Lula sobre o tema e a crescente preocupação com a segurança pública influenciaram diretamente a queda da aprovação.

“Se o tarifaço mudou a trajetória da aprovação a favor do Lula, a pauta da segurança pública interrompeu a lua de mel tardia do governo com o eleitorado independente”, afirmou Felipe Nunes, diretor da Quaest.

O levantamento também detalhou como os brasileiros classificam o desempenho do presidente:

Negativo: 38% (eram 37% em outubro)
Positivo: 31% (eram 33%)
Regular: 28% (eram 27%)

A pesquisa revelou piora na percepção do governo entre grupos específicos. Entre pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos, a desaprovação subiu para 56%, contra 42% de aprovação — em outubro, havia empate técnico.

Entre as mulheres, a aprovação caiu de 51% para 46%, também configurando empate técnico. Situação semelhante ocorreu entre os católicos, segmento que antes avaliava melhor o governo.

O levantamento da Genial/Quaest foi realizado entre 6 e 9 de novembro de 2025, com 2.004 entrevistas presenciais em todo o país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Jornal da Chapada