O Brasil é o país da América Latina com os maiores salários para profissionais de tecnologia, conforme o relatório The State of Global Compensation 2025 da Deel. Engenheiros e cientistas de dados brasileiros recebem, em média, US$ 67 mil por ano (cerca de R$ 358,9 mil), superando México (US$ 48 mil) e Argentina (US$ 42 mil). No entanto, os salários no Brasil são significativamente menores que nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, onde a média chega a US$ 150 mil anuais.
Apesar da liderança regional, o Brasil enfrenta desigualdades internas, com áreas técnicas, como engenharia e dados, oferecendo salários competitivos, enquanto setores como vendas, marketing, produto e design ficam abaixo dos padrões globais. O estudo também revela uma forte predominância de contratos freelancers no Brasil, com 84% dos profissionais de tecnologia trabalhando como ICs (Independent Contractors), o que reduz custos para as empresas, mas pode gerar precarização e desafios regulatórios.
Além disso, o relatório destaca o crescente uso de participação acionária (equity) como estratégia para atrair e reter talentos, especialmente em startups. No entanto, a pesquisa também revela uma disparidade salarial de gênero, com mulheres ganhando, em média, 29,5% menos que homens nas áreas de engenharia e dados, e diferenças salariais significativas também em produto, design e marketing.
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