Rybelsus, da Novo Nordisk Crédito: Divulgação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decretou, nesta terça-feira (28), a apreensão de dois lotes falsificados de Rybelsus, medicamento à base de semaglutida. A substância é indicada para controlar a glicose no sangue em adultos com diabetes do tipo 2. O medicamento, que é em versão oral, teve a
comercialização
, distribuição e o uso dos lotes N088499 e P08A472 proibidos.
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Segundo informações da Anvisa, a própria empresa responsável pela produção do medicamento identificou unidades dos lotes falsos à venda no mercado e comunicou a Agência. A Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil apontou que os remédios que estavam sendo comercializados possuíam divergências dos originais da marca, com características como:
- Erro na escrita do local de fabricação;
- Fonte do nome do princípio ativo;
- Logotipo da empresa diferente;
- Diferença no layout (organização dos elementos visuais);
- Campo de dados variáveis, marca d'água e
material
da bula desiguais.
Rybelsus usa semaglutida, substância que ganhou fama por ajudar na perda de peso
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Rybelsus, da Novo Nordisk por Divulgação
Em um comunicado oficial, a empresa confirmou que está atuando com a Anvisa desde abril deste ano. Segundo a farmacêutica, as ocorrências de falsificação foram identificadas nos lotes N088499, M088499 e P08A472. Os lotes N088499 e P08A472, que embora a empresa assegure que são genuínos, vêm apresentando adulterações. "O conteúdo das embalagens dos produtos foi modificado com informações falsas do lote M088499, que não pertence à nossa produção", explicou.
"Diante do grave risco representado à saúde, a Novo Nordisk orienta a não utilização de qualquer produto suspeito de falsificação. A empresa segue combatendo ativamente produtos irregulares e aciona judicialmente entidades que vendem medicamentos falsificados, além da estreita colaboração com a Anvisa e autoridades competentes para investigações", acrescentou o grupo.
Para se proteger de casos de falsificação, a empresa orienta a sempre desconfia de:
- Sites e canais não licenciados pela Anvisa para comercialização de medicamentos e que usam os nomes das marcas e/ou adotam aplicativos de vendas e redes sociais para ofertar os produtos;
- Embalagem do medicamento rasurada ou visivelmente alterada, com número incorreto de blísteres, em idioma estrangeiro, com aparência farmacêutica (apresentação) diferente da registrada e com informações incorretas sobre o produto;
- Preços muito abaixo dos aprovados pelo governo (todos os produtos Novo Nordisk seguem a tabela da CMED, órgão federal que regulamenta o preço dos medicamentos no país).

