Pela primeira vez em décadas, os Estados Unidos registram mais saídas do que entradas de imigrantes, segundo um novo estudo. O levantamento indica que a política migratória rigorosa do presidente Donald Trump tem levado pessoas a deixar o país, seja por deportação ou por decisão própria.
A análise dos novos dados do censo, divulgada na quinta-feira pelo Pew Research Center, um órgão apartidário, mostrou que, entre janeiro e junho, a população estrangeira residente nos EUA — tanto com status legal quanto sem — caiu em quase 1,5 milhão. Em junho, o país tinha 51,9 milhões de imigrantes, contra 53,3 milhões seis meses antes.
Autoridades do governo Trump celebraram a saída desses imigrantes, alegando que as pressões sobre os serviços públicos diminuíram e que o mercado de trabalho se recuperou. Por outro lado, especialistas preveem graves consequências econômicas e demográficas para os EUA caso a tendência persista. Imigrantes são essenciais em diversos setores, e a dependência do país tende a aumentar à medida que mais baby boomers se aposentam.
Após prometer deportações em massa durante a campanha, Trump implementou medidas amplas para reduzir a imigração. Sua administração restringiu o acesso ao asilo na fronteira sul, endureceu os requisitos de visto para estudantes e trabalhadores de tecnologia e mobilizou milhares de agentes federais para deter e deportar imigrantes sem status legal. Essa repressão levou muitos a deixarem o país voluntariamente e desestimulou outros a virem.
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