O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia, José Castro, determinou uma intervenção administrativa no Conjunto Penal de Eunápolis, no Sul do estado, após a fuga de 16 presos na sexta-feira (13). A ação ocorreu durante uma invasão ao presídio, acompanhada de troca de tiros entre um grupo armado e equipes de segurança. A unidade, que opera em regime de cogestão com a empresa privada Reviver, terá a intervenção pelo período de 30 dias, podendo ser prorrogada. Além disso, foi instaurada uma sindicância para investigar o ocorrido.
A invasão tinha como objetivo resgatar Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dadá, apontado como líder da facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Durante o ataque, além de Dadá, outros integrantes da facção também escaparam. Após o episódio, o secretário afastou por 30 dias a diretora, o diretor adjunto e o coordenador de segurança do presídio. De acordo com o presidente da Reviver, Odair Conceição, o ataque foi marcado pelo uso de armamento pesado, dificultando a resposta das equipes no local.
Atualmente, o presídio abriga 269 detentos, sendo 237 em regime fechado. O presidente da Reviver afirmou que o ataque foi inédito na Bahia pela sua violência e reforçou que a segurança pública já ampliou o contingente policial na unidade. Conceição também destacou que os funcionários do complexo passam por treinamentos para situações de crise, mas que o aparato usado pelos criminosos superou as defesas disponíveis.
Foto: Divulgação/Seap