Vacina contra o câncer está em últimas fases de testes
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Uma nova vacina contra o câncer de pele se aproxima do fim de sua fasede testes. O imunizante está sendo desenvolvido pela Moderna, em parceria com aMSD, e já está em estágio avançado de testes para pacientes com melanomaavançado.
A vacina se encontra, atualmente, em ensaio clínico de fase 3. Esta faseé o último teste realizado pelas empresas que o desenvolvem. Esses testesavaliam a eficácia do imunizante combinado com o Keytruda, medicamentoutilizado no tratamento do melanoma. O processo atual utiliza apenas omedicamento.
A quarta e última fase consiste no acompanhamento dos pacientes quereceberam a vacina por um maior período de tempo, acompanhando quaisquerefeitos adversos que possam se apresentar.
De acordo com reportagem da CNN Brasil, o imunizante utiliza a mesmatecnologia das vacinas atuais contra a Covid-19, o uso de RNA Mensageiro. Noentanto, o seu diferencial é ser uma tecnologia personalizada, ou seja,adaptada às necessidades de cada paciente.
Esta vacina funciona instruindo o organismo a produzir até 34 proteínas,cada uma visando neoantígenos, que poderiam ser os causadores do câncer nopaciente. A vacina prepararia o sistema imunológico para atacar essas células.Junto ao Keytruda, medicamento utilizado no tratamento do melanoma, é possívelbloquear uma ação do sistema imunológico que protegeria as célulascancerígenas.
Na fase 2, a vacina demonstrou grande eficácia na diminuição darecorrência do câncer de pele e da morte em pacientes com melanoma de estágiosIII ou IV após três anos. Em comparação a pacientes que só receberam Keytruda,essa diminuição é de 44%.
Após os resultados da fase 3, o imunizante será submetido para avaliaçãodas entidades reguladoras, e caso seja aprovado, passará por ensaios de fase 4,que consiste numa avaliação mais minuciosa dos efeitos das vacinas nospacientes em períodos mais longos.
O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele, devido a sua altapossibilidade de provocar metástase, a formação de novos tumores a partir deoutros. No Brasil, esse tipo de tumor representa 4% das neoplasias malignas napele, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Por BahiaNotícias